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Transição de Gênero – Questionamentos sobre Hormônios e Tratamento

Publicado em 14/11/2017

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Quais são os tipos de hormônios utilizados na transição do gênero feminino para o masculino?

Hormônios feminino como o estradiol ou masculino como a testosterona. O tratamento deve ser iniciado na puberdade, quando realmente o diagnóstico pode ser confirmado.

Os estágios de puberdade são classificados pelos estágios de Tanner: 1 a 5 , sendo 1 inicio e 5 puberdade completa. No estágio Tanner 2-3 são administrados hormônios supressores da puberdade, para depois iniciar a transição. O tratamento deve se multiprofissional com psicólogos, psiquiatras e endocrinologistas.

 

É indispensável o uso dessas substâncias para completar a transição?

Sim, pois é necessário modificar as características sexuais físicas para o paciente ser funcional sexualmente e adequado esteticamente.

 

Quais são as mudanças que os hormônios provocam no corpo físico e psicológico? E quanto tempo leva até que possam ser notadas as mudanças?

As mudanças ocorrem gradualmente, iniciando-se em 3 meses e terminando em   2-3 anos, quando se inicia o tratamento de manutenção. Os efeitos feminilizantes inicias (3-6 meses) incluem a mudança da taxa da gordura e músculo, redução da libido e ereção, início de mama e desaceleração do crescimento. Os últimos caracteres a se modificarem serão os pelos da face e timbre de voz. Os efeitos masculinizantes inicialmente são observados na pele e cabelos, sendo que a menstruação cessa em 6 meses.  A última parte do tratamento é a cirurgia em ambos os casos.

 

Qualquer menina pode passar pela transição hormonal? Existem contraindicações? Se sim, quais?

Não propriamente contraindicação, mas as doses devem ser monitoradas. Podem ocorrer efeitos colaterais dos hormônios na pressão arterial, peso, velocidade de crescimento, fígado, ossos e coagulação.

 

Quais os perigos de fazer esse tratamento sem a orientação de um profissional?

A Sociedade Americana de Endocrinologia publicou uma diretriz com normas e orientações de tratamento. A primeira é risco da automedicação, não saber manusear as doses de hormônios de forma gradual. A transição pode ser incompleta e inadequada. Cirurgias mutilantes, silicones de aspectos bizarros são visto com freqüência, sendo a taxa de suicídio bastante elevada nesta população.

 

Se a pessoa deixar de tomar as substâncias ela recupera as suas características originais?

Pode acontecer.

 

Quais são as principais orientações para quem pretende iniciar a transição tomando os medicamentos?

Procure uma equipe multidisciplinar habituada a tratar transgêneros. Se não souber como encontrá-la procure um endocrinologista para uma conversa inicial e encaminhamento adequado.