Diabetes tipo 1

Diabetes tipo 1 ocorre geralmente em crianças de qualquer idade, desde recém nascido até depois da puberdade. O início pode ser insidioso, com emagrecimento, fraqueza, desinteresse, muita sede e grande volume de urina expelida, até podendo chegar ao coma cetoacidótico, que pode ser a primeira manifestação do diabetes. Há desenvolvimento de auto anticorpos contra as células do pâncreas que produzem insulina, que destruídas, não conseguem secretar o hormônio.

Cetoacidose diabética?
É uma complicação aguda causada pela deficiência grave de insulina em diabético tipo 1 com altos níveis de glicose sanguínea, desidratação grave, elevação das cetonas na urina e no sangue, com hálito característico (cheiro de maçã) e acidose. Requer hospitalização e há risco de vida. Com o tratamento, outras situações podem ocorrer, como deixar de usar insulina, transgressão alimentar grave o que requer também intervenção médica imediata e equipe treinada.

Outros distúrbios glandulares, digestivos e auto-imunes podem ocorrer concomitante, no próprio paciente ou parentes de primeiro grau. O adulto magro, pode desenvolver este quadro, que é conhecido como LADA (latent autoimmune diabetes in adults) e, ao contrário dos pacientes com diabetes tipo 2, são magros e necessitam de insulinização.

Tratamento

  • Insuloinodependente: O tratamento é feito com insulina e dieta adequada, e existem vários tipos de insulinas modernas, que devem ser utilizadas de acordo com a característica de vida e idade do paciente .
  • Controle: Existem os aparelhos disponíveis, como o holter de glicose, para verificar toda a evolução dos níveis de glicose. Ele traça um perfil dos valores de glicose sanguínea por cerca de 72h, mede a glicemia a cada 10 segundos e fornece uma média de valor a cada 5 minutos, com 288 medições diárias.
    Diabetes mal controlado, instável e com muitas hipoglicemias (brittle diabetes), gestantes diabéticas, transplantados recentes e pacientes sob diálise. O controle é avaliado nas consultas periódicas, principalmente pelos níveis de hemoglobina glicosilada, um exame de sangue que reflete a média da flutuação da glicose no último período de 30-60dias. O valor deve ser no máximo =7%, aceitando-se hoje como ideal <6.5%.
  • Outra forma de tratamento é o Sistema de Infusão Contínua de Insulina, também chamado de bomba de insulina, é um aparelho portátil que contém um sistema computadorizado que injeta insulina ultra-rápida durante todo o dia conforme a programação do paciente, de acordo com a orientação do médico que o trata. O uso da bomba está reservado para um perfil de paciente diabético, particularmente aquele com disciplina alimentar e de atividade física. Teste prévio está disponível.

A Cura do Diabetes
Vários centros vem pesquisando a cura do diabetes. No Canadá, Estados Unidos, Europa e também no Brasil, mais especificamente em Ribeirão Preto, na Universidade de São Paulo. As expectativas são promissoras, e o candidato ideal para estas terapias de ponta serão aqueles com bom controle ou de doença de inicio recente. Até a descoberta da cura a conduta dos diabéticos deve incluir: cuidado, mais cuidado e mais cuidado!