Endocrinologia e a Saúde da Mulher

Climatério Feminino

Acontece em 3 fases: precoce, dos 35 aos 45 anos; a perimenopausa, dos 45 aos 55 anos; e a fase tardia, dos 55 aos 65 anos e a velhice.

A menopausa é a última menstruação e é diagnosticada quando transcorrem 12 meses da sua manifestação.

Vários aspectos psíquicos e sociais são inerentes à esta fase, como:
– Medo de envelhecer
– Preocupação com a auto imagem
– Instabilidade conjugal
– Síndrome do ninho vazio
– Competição com o marido
– Subsistência
– Doenças degenerativas
– Sexualidade diminuída
– Viuvez/solidão/abandono

A partir de 35 anos, o corpo da mulher começa a sofrer várias transformações e o endocrinologista está habilitado a orientá-la para que isto aconteça sem grandes manifestações negativas. Com a queda do hormônio feminino, que mantém o corpo da mulher com as curvas da cintura, começa a haver acúmulo abdominal e a deformidade do corpo, que se não houver providências, se altera muito nos anos que se seguem até a menopausa.

Com a deformidade do corpo, algumas mulheres adquirem grande quantidade de gordura no abdômen, a pressão arterial, os níveis de colesterol, triglicerídeos e pressão arterial se elevam, pode aparecer diabetes e o risco coronário é alto. Estes eventos coronários costumam ser graves, e muitas vezes com óbito. A prova disto, é que normalmente se conhece vários homens com pontes de safenas, mas mulheres safenadas, são poucos os casos.

A falência ovariana prematura (menopausa precoce) ocorre em algumas mulheres antes dos 40 anos e devem se submeter à uma história e exame clínico apurado, além de dosagens hormonais. A terapêutica com reposição hormonal é a escolha, e geralmente a dose de hormônio utilizada para aliviar os sintomas, é o dobro da usada nas mulheres menopausadas em idade correta.

O que oferecemos:
Uma avaliação detalhada da saúde hormonal da mulher, inclusive da função tireoideana, pois nesta fase, não é incomum o aparecimento de hipotireoidismo sub-clínico, que não raramente, é confundido com quadro depressivo.

Pode-se usar medicamentos naturais, mas sempre sob prescrição de um endocrinologista, pois estes hormônios podem ter atividade estrogênica também e há algumas contra-indicações. Indicação desta terapia dita “natural” por profissionais que trabalham com estética pode trazer riscos.

Com a queda da função ovariana, além do estrogênio, há queda dos níveis de testosterona (hormônio masculino), que a mulher também produz e é importante para a manutenção da libido.
Pode-se se usar testosterona associado à estrogênios ou separado deles.

Uma investigação preliminar à terapia de reposição hormonal é realizada e uma vez a paciente aceitando as ponderações a respeito da reposição hormonal, ela deverá ser orientada a respeito da dose mínima efetiva, dos objetivos que se deseja alcançar, dos efeitos colaterais e, enfim, dos benefícios e riscos.

Há fatores de risco para o câncer de mama  tais como: sexo, idade, risco herdado (genético), história reprodutiva, terapia de reposição hormonal, exposição à radiação, obesidade e álcool.

Exames de  genes podem ser solicitados. Há  variantes que aumentam o risco de desenvolver câncer, outras são benéficas e diminuem o risco. O teste tem o potencial de dar uma estimativa de risco personalizada e auxiliar na escolha de uma estratégia  sobre o tratamento com reposição hormonal além de auxiliar na prevenção, diagnóstico e tratamento precoce da doença.

Estamos preparados para individualizar e monitorar o tratamento, ajustar a dose para evitar efeitos adversos, cooperando para uma maior adesão ao tratamento.