Tireoide

É uma das mais importantes glândulas do corpo, apesar de ter, em média, somente de 10 a 13 gramas, ela executa ações em todos os órgãos do corpo, sendo indispensável para o desenvolvimento intelectual e crescimento adequado das crianças, e a boa saúde no adulto jovem, adultos e idosos. As doenças da tireoide ocorrem em cerca de 15 a 20% da população, decorrentes de doenças auto-imunes, envelhecimento da própria glândula, fatores ambientais e por outras situações como pós-parto e na menopausa, situações em que os sintomas de depressão podem ser ocasionados pela doença.

As doenças mais comuns da tireoide são:
– Má formação anatômica com disfunção da tireoide
– Nódulo tireoideano benigno
– Nódulo tireoideano maligno (câncer da tireoide)
– Doenças auto-imunes (hipotireoidismo e/ou hipertireoidismo, disfunção pós-parto)

Nódulos
Os nódulos de tireóide ocorrem em 5% da população e entre 30 a 50% dos pacientes submetidos ao exame de ultrassom, dependendo da idade. O ultrassom determinará se o nódulo é único ou múltiplo e suas características. A partir daí, o endocrinologista correlaciona o exame físico e os exames sanguíneos da função tireoideana. Apenas em determinados casos, procede-se ao exame de punção aspirativa por agulha fina do(s) nódulo(s) suspeito(s), guiado pelo ultrassom. O exame de biópsia do nódulo através de punção não é uma exame doloroso, até porque a pele do pescoço tem pouca inervação sensitiva para a dor.

Portanto, um bom exame físico, história clínica completa e a união do exame de ultrassonografia com a citologia após a biópsia, nos permitem chegar a perto de 95% de certeza da benignidade ou não da lesão do nódulo tireoideano.

Qual nossa proposta
Após um exame físico minucioso, nossos pacientes são submetidos a um exame de ultrassonografia com aparelhagem própria da clínica, quando uma visão inicial das características da glândula é observada. Se houver suspeita, todo o protocolo de investigação e terapêutica será iniciado, após ampla explicação e discussão com o paciente e/ou familiares.

Marcadores Moleculares  para Nódulos com  Biopsia Indeterminada – Bethesda IV

Quando a biopsia aspirativa ( PAAF) é inconclusiva, testes moleculares ajudam a definir risco de malignidade, evitando cirurgias desnecessárias.

Nódulos Benignos
Após analisar todos os exames, o endocrinologista pode indicar a melhor opção terapêutica, que vai desde a introdução de hormônio tireoideano, à infiltração de álcool para diminuir o tamanho do nódulo, até a indicação da cirurgia.Os nódulos da tireoide são tratados com vários protocolos, dependendo do diagnóstico e provável evolução:
– Nódulos benignos e a chance de aparecimento de novos nódulos
– Se o nódulo continua a crescer, causando desconforto estético ou de compressão
– Em caso de nódulo cístico que se refaz após a aspiração

Nódulos Malignos – Câncer
Dos nódulos sólidos de tireoide, 25% podem ser malignos após o exame citológico. Os tumores mais comuns são os papilíferos (70 a 80%) e os foliculares. Os cânceres de tireoide por vezes são familiares e apresentam variações ou subtipos que modificam a gravidade. A maioria é tratada com cirurgia e posterior iodoterapia para destruir células microscópicas e restos cirúrgicos. A dose de iodo é calculada após o laudo cirúrgico – citopatológico, quando então é feito o estadiamento do tumor, o prognóstico e definido os riscos, papel que o endocrinologista deve comandar, auxiliado pela expertise do cirurgião e a medicina nuclear.

O acesso às publicações indexadas, participação em congressos para ter sempre os protocolos de seguimento dos diferentes tipos de câncer tireoidiano, absolutamente atualizados, dá ao endocrinologista a visão ampla do processo terapêutico, inclusive pelo acompanhamento dos casos em longo prazo. Pacientes mais jovens podem ter uma forma mais agressiva de câncer de tireoide.

Marcadores Moleculares  para Nódulos Malignos

São exames moleculares feitos para avaliar a agressividade do tumores malignos, ajudam a definir o seguimento e o tratamento adequado.